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PROJETOS
EVENTO EFÊMERO
COMPLEXO HOSPITAL DAS CLÍNICAS | SÃO PAULO
FICHA TÉCNICA
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Projeto: Urb-i : Urban Ideas
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Data: 25 de janeiro de 2018
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Local: Avenida Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, São Paulo/SP
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Equipe Urb-i: Carolina Guido, Paulo Carmagnani Franco, Yuval Fogelson, Camila Fabrini, Letícia Or.
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Colaboradores Urb-i: Alexandre Taira, Fábia Guido Monteiro, Gustavo Texeira, Paula Paone, Renata Arriola, Renata França.
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Realização: Urb-i, Caronetas, Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, Instituto de Medicina Física e Reabilitação (IMREA), Instituto Cidade em Movimento (IVM).
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Financiamento: Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, Ambev, Fundação Faculdade de Medicina, Fundação Zerbini.
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Apoio: Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Faculdade de Medicina da USP, Hospital das Clínicas, Hospital Sírio Libanês, Companhia de Engenharia de Tráfego – CET/SP, Mobifilm, Instituto Ethos, Associação Paulista Viva, ITDP, Universidade Mackenzie.
O EVENTO
A avenida Dr. Enéas de Carvalho Aguiar corta o complexo do Hospital das Clínicas, o maior da América Latina. Estima-se que 45 mil pessoas passem por ali diariamente, entre pacientes, acompanhantes, médicos e funcionários. Apesar do grande número de pedestres, muitos deles com dificuldade de locomoção, as calçadas estão em mal estado e cheias de obstáculos como árvores, postes, bancas de jornal, buracos no chão e recuo para taxis.
A falta de banheiros públicos e a pouca oferta de lanchonetes torna a vida dos frequentadores ainda mais complicada. Muitas pessoas passam o dia aguardando atendimento, marcação de exames ou esperando parentes terminarem seus tratamentos.
O excesso de veículos nos horários de pico e os carros estacionados em local proibido durante o dia inteiro tiram espaço das ambulâncias que realmente precisam de agilidade. Enfim, uma situação crítica na mobilidade em uma região onde o acesso deve ser facilitado e o fluxo de veículos eficiente.
Video: Mova-Se
A IDEIA
A ideia da intervenção surgiu após a equipe da Urb-i assistir ao documentário 'Dis’mobilidade Urbana', produzido pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP em parceria com a Faculdade de Medicina, também da USP. O filme mostra esse cenário caótico a partir do ponto de vista dos próprios usuários que sofrem com as dificuldades.
Procuramos o professor Paulo Saldiva, chefe do IEA, e começamos a pensar em formas de melhorar aquele ambiente. Apresentamos a ele a metodologia do urbanismo tático e juntos tivemos a ideia de iniciar a transformação com um evento efêmero (de um dia) em 25 de janeiro, aniversário de São Paulo.
O PROJETO
Dentro do processo de transformação, o evento efêmero tem alguns objetivos principais: testar uma nova configuração do espaço público, chamar a atenção para o problema e envolver a sociedade na busca por soluções.
Para mostrar que é possível melhorar o ambiente para os pedestres, os urbanistas da Urb-i propuseram o alargamento das calçadas e a definição de novos pontos de estacionamento, embarque/desembarque e áreas de taxi em toda a extensão da Dr. Enéas. Nenhum acesso foi bloqueado e os veículos continuaram com uma faixa de rolamento liberada.
Os 160 cones usados para alargar a calçada também sevem para que o motorista reduza a velocidade ao trafegar pela via. O tempo de travessia dos pedestres também fica mais curto, dando mais conforto e segurança a todos. O desenho foi discutido e aprovado pela CET para ser implantado apenas no dia 25 de janeiro.
Além do experimento de acalmamento de tráfego, organizamos, em parceria com várias organizações, um evento de rua. Criamos uma nova área de convivência em frente ao prédio dos Ambulatórios, com food trucks, palestras, passeios de bicicleta, exibição de filmes sobre mobilidade, massagem e muita música.
PESQUISA
Durante todo o dia, a Urb-i realizou pesquisas com os frequentadores e ouviu a opinião das pessoas quanto às necessidades daquele espaço (veja gráficos abaixo).
O DESAFIO
Durante todo o dia, apresentamos os resultados do nosso desafio de desenho colaborativo. Nesta edição especial, recebemos 18 propostas enviadas de várias partes do país com novas ideias para transformação da Av. Dr. Enéas.
URBANISMO TÁTICO
Essa metodologia já é adotada com grande sucesso em várias partes do mundo e do Brasil. O trabalho é realizado por partes e a principal vantagem é o baixo custo das etapas iniciais até se chegar ao resultado final. Desse jeito, não se joga dinheiro fora com “soluções” mirabolantes que nem sempre representam a melhoria de fato. Veja abaixo uma breve descrição sobre as etapas:
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Efêmera (1 dia ou poucos dias de duração): Evento realizado no dia 25 de janeiro de 2018 como forma de testar as transformações, ouvir a população e chamar a atenção para a necessidade de mudanças.
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Temporária (de 1 a 2 anos de duração): As mudanças testadas na etapa efêmera são implementadas de forma temporária, com materiais leves que possam ser removidos ou adaptados caso necessário.
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Permanente (mais de 2 anos de duração): Transformações perenes, como troca de calçamento, aterramento de fiação, mudanças nas fachadas, fluxos, acessos.
Veja aqui o projeto da Urb-i para a rua Joel Carlos Borges, na zona sul de São Paulo, que já teve a etapa temporária implantada.
SITUAÇÃO EXISTENTE
PRÓXIMOS PASSOS
As pesquisas realizadas no evento do dia 25 de janeiro foram apenas parte da consulta à população. Agora é preciso ouvir e compreender quais as necessidades de quem vai de carro para o HC e onde as ambulâncias poderiam estacionar enquanto esperam os pacientes. Também é preciso entender qual a real necessidade de tantos pontos de taxi na Dr. Enéas e quais as alternativas caso essas vagas sejam reduzidas.
Também é preciso fazer contagens e observar com mais cuidado o fluxo de ambulâncias e pedestres. Só depois disso podemos definir exatamente qual o melhor caminho a se seguir para a transformação da via.
O processo de transformação da avenida Dr. Enéas de Carvalho Aguiar já começou e, se depender da Urb-i, só vai terminar com as mudanças completas na etapa permanente. Esperamos continuar a parceria para finalmente curar a via mais importante do complexo do Hospital das Clínicas.
'DIS'MOBILIDADE URBANA
A inspiração para esse projeto partiu de um documentário produzido pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA) e a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). (Dis)Mobilidade Urbana mostra as dificuldades de locomoção e transporte que envolvem a região do HC e como isso afeta seus pacientes, principalmente aqueles que têm mobilidade reduzida.
Além de mostrar os problemas, o filme é ainda uma tentativa de chamar a atenção das autoridades para a necessidade de mudanças no trânsito e na infraestrutura do local.
Assista ao documentário aqui: